Um dos grandes desafios de muitas organizações está relacionado às estratégias de remuneração, que devem ser atrativas para os colaboradores, e ao mesmo tempo precisam estar alinhadas as estratégias da empresa.
Nesses casos, a chamada remuneração estratégica pode ser a solução, tendo em vista que é um modelo de compensação atrelado ao desenvolvimento do negócio, sendo uma forma de pagamento no qual os profissionais da organização recebem ganhos adicionais e compensações financeiras conforme seu desempenho e produtividade, firmando-se um contrato psicológico tácito entre empresa e colaborador na busca de ganhos mútuos.
De acordo com Ivan Jacomassi Junior, Diretor de Negócios e Consultor na Perfix Consultoria Organizacional, ‘a combinação de diferentes tipos de remuneração, é uma vantagem competitiva para as empresas, pois leva em conta os méritos dos colaboradores no recebimento da remuneração variável’.
Ou seja, há a parte fixa da remuneração que inclui o salário padrão do cargo e os benefícios usuais da empresa, como auxílio alimentação e vale transporte, por exemplo. Já a porção variável é aquela em que os pagamentos são proporcionais à produtividade e aos resultados alcançados, nesse caso pode ser comissões, premiações, participação nos lucros ou outras formas de incentivo.
Segundo Ivan Jacomassi esse sistema de remuneração traz muitos pontos positivos para a empresa. ‘Quando bem estruturado e orientado para os objetivos da empresa, a remuneração estratégica pode promover o aumento da produtividade e do engajamento dos colaboradores, elevando os níveis de motivação dos profissionais, que passam a buscar pela melhoria contínua como forma de maximizar seus lucros individuais’.
No entanto, para a implantação de um projeto de remuneração estratégica é necessário conhecer bem os colaboradores da empresa e buscar trabalhar possíveis dificuldades dos mesmos para a adaptação à compensação financeira por resultado.
Ivan Jacomassi ressalta também a importância de uma estratégia correta na implementação desse sistema nas empresas. ‘Se não houver o conhecimento e planejamento necessário, a remuneração estratégica pode não ser bem implementada, fazendo com que haja o aumento da competição entre os colaboradores, o desgaste das relações e do clima organizacional.’
Outro ponto fundamental a ser considerado é a viabilidade e sustentabilidade do plano de remuneração, pois uma vez estabelecidas as políticas financeiras de recompensa, estas determinarão expectativas e irão orientar os comportamentos dos colaboradores em busca da superação dos desafios propostos. Caso a política de remuneração não se mostre capaz de sustentar a cadeia de benefícios propostos, a organização haverá de incorrer em prejuízos, rescisões e frustração dos colaboradores.
Portanto, vale ressaltar que para a adoção de uma política de remuneração estratégica, as organizações precisam de profissionais capacitados para pesquisa, estruturação e implantação de um sistema eficaz, resultando assim no aumento de desempenho dos colaboradores e no alcance dos resultados e metas estipuladas.
Matéria publicada em: Portal Administradores