Quer ganhar um dinheiro a mais no fim do mês, mas não sabe como? A saída pode ser fazendo bicos nas horas vagas. Quem tem habilidade pode conseguir uma renda extra fazendo reparos domésticos, cuidando de plantas e animais de estimação ou desenvolvendo programas de computador.
Veja alguns dos principais sites e aplicativos para oferecer seu trabalho:
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Bicos.com: A plataforma tem planos grátis e pagos (R$ 19,90 por mês). Se optar por pagar, o prestador terá a vantagem de aparecer na frente quando o cliente faz uma busca por serviços. A negociação de preço é feita diretamente entre as partes, por chat ou telefone, sem cobrança de taxa ou intermediação por parte da empresa.
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Freelancer.com: A plataforma é voltada, principalmente, para áreas como desenvolvimento de software, escrita, design, contabilidade e serviços jurídicos. O cadastro de prestadores é grátis, mas a empresa cobra uma taxa de até 10% sobre o valor do serviço. Na plataforma, o cliente publica detalhes do serviço e os prestadores enviam o orçamento.
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Getninjas: Ao se cadastrar, o prestador precisa comprar um pacote de créditos, com preços entre R$ 49 (300 créditos) e R$ 499 (3.300 créditos). Quando um cliente solicita um serviço, a plataforma direciona o pedido para os prestadores com o perfil desejado. Quem tiver interesse pode utilizar os créditos para “comprar” o pedido. A partir daí, são disponibilizados os contatos do cliente, e a negociação passa a ser entre as duas partes. A empresa não cobra taxa sobre o valor do serviço prestado.
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Helpie: O aplicativo cobra do prestador um percentual de 12% a 15% sobre o valor do serviço, dependendo do plano escolhido ao se cadastrar. Em vez de receber o dinheiro em uma conta bancária, o prestador ganha um cartão de crédito –bandeira Mastercard– e todo o valor dos serviços é transferido para o saldo desse cartão.
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Workana: A empresa oferece planos mensais que variam de R$ 15 a R$ 80, dependendo dos benefícios desejados. Quanto maior o valor pago, mais avisos de novos serviços o prestador recebe, além de poder adicionar mais habilidades ao perfil e aparecer com maior destaque nas buscas feitas pelos usuários.
Usar sites e aplicativos para divulgar bicos pode funcionar, principalmente, em grandes cidades, segundo a consultora em desenvolvimento de carreiras Joseane Freitas.
‘Nesses casos, o prestador consegue ter maior alcance e mais pessoas terão a chance de conhecer o que ele faz’.
No entanto, em cidades de menor porte, essas ferramentas podem não ser tão eficazes. “No interior, ainda é muito mais importante o relacionamento pessoal. As pessoas confiam mais em quem elas conhecem”, diz a especialista.
Da mesma forma que essas ferramentas ajudam a atrair clientes, elas também podem sujar a imagem de um prestador de serviços, de acordo com a coaching e orientadora profissional Andrea Deis. Segundo ela, quem não entrega o que promete pode receber críticas ou avaliações negativas e até parar em sites de reclamação.
Por isso, segundo Deis, é preciso testar o serviço antes e só anunciar nessas plataformas quando tiver certeza de que consegue dar conta do recado.
Para a especialista, antes de tudo, os bicos devem ser oferecidos dentro do círculo pessoal, entre amigos e familiares. “Faça um cartão de visita e comece a perguntar para essas pessoas se elas precisam ou se conhecem alguém que precisa dos seus serviços”, afirma.
Outra forma de oferecer serviços, mas sem taxas ou mensalidades, é por meio das redes sociais. Segundo Deis, o Facebook, o LinkedIn e outras redes também têm um grande alcance, por isso precisam dos mesmos cuidados.
Para a consultora Joseane Freitas, mesmo que a pessoa esteja fazendo um bico, é importante ela ter comprometimento e disciplina. De acordo com a especialista, deve-se dedicar um período do dia –ou até mais– para fazer publicações nas redes e tentar atrair novos clientes.
Além disso, o prestador precisa ter organização para que a atividade extra seja realmente rentável. “Quem faz bolos, por exemplo, precisa separar um tempo para ir ao mercado, fazer uma lista de compras e calcular todos os custos para ver o quanto vai cobrar para ter lucro”, diz Freitas. “Querendo ou não, precisa ter um planejamento, mesmo que seja básico.”